Eu e minha recordações de Sal...

Algumas vezes me pego imersa em lembranças que só me fazem mal. Vejo-me lembrando nós [se é que “nós” existiu]. Lembrando do seu sorriso bobo, quando falávamos algumas de nossas muitas tolices...Sentindo falta da combinação perfeita do cheiro da sua pele misturado ao perfume caro que eu tanto adorava, e que, para mim se transformava em uma droga muito potente...
            É ridículo, mais sinto falta até do gosto do cigarro de menta que você fumava combinado ao malte amargo da cerveja, com que você se embriagava na mesa do bar  vagabundo e tantas vezes freguentado., que era o começo das nossas noites de sexta, e do nosso infinito fim de semana.
            Odeio ter que admiti que você me faz falta, e ficar  lembrando nossas conversas toscas, sua observações quase sempre fora do comum,  seus gestos de desejo, suas palavras de quase carinho  e tudo mais nosso...
Lembro até dos gestos mais bobos que só você fazia e que quando os vejo em outras pessoas parecem me trazer você de volta, de algum modo. Odeio ter que ir novamente  nos lugares que lembram a nós dois, acho que só vou até lá pra reviver algo que não existe mais... Recordar situações tolas, e os beijos, que hoje vejo que talvez foram mentirosos, mais  profundos ,beijos  que nos tiravam de orbita, que nos tiravam da li, por poucos e eternos minutos.
            Admito não precisar de ti para viver, mas confessor que por algum tempo cometi a loucura de te querer. Hotar o que me era dado. Sem ir além, compreende? “Não queria pedir mais do que você tinha,   Lembro da sensação de bem estar, de paz que me invadia o sorriso toda vez que repetíamos um ao outro o nosso tantas vezes pronunciado e dissimulado eu te adoro...
            Fico tentando entender esse meu bem querer caricato, porque é totalmente sem sentido...Quem seria tão excêntrico a ponto de amar algo que não existe, algo que foi mais fantasia do que realidade, algo que foi QUASE desenhado pra não dar certo, algo que foi apagado antes de deixar marcas. Acho que só eu, na minha excentricidade trivial sou capaz de adorar o absurdo...

Ouvindo:

[Black - Pearl jam] nem sei porque ainda ouço essa musica, acho que estou virando masoquista...
Refrão de um bolero –Engenheiros [Tentando achar os significados que te faziam lembrar- me na letra dessa musica]
Vai - Ana Carolina [ Essa música coube perfeitamente ao nosso fim]

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