Preciso de um copo de uísque ou qualquer coisa que embriague rápido, não muito, só o suficiente para acender a emoção cansada. Por que por baixo dela acontecem certos pensamentos com algum álcool e muita solidão
Há ruído suficiente em volta para poupar–lhes as palavras, quem sabe amargas, mas é de outra forma que tudo acontece.
Doce. Olhando o infinito, admirando o astro lunar em sua face mais linda, idealizei ou previ, quem sabe? Pois eu não sei em que ponto separa-se o real do imaginário. Idealizei uma conversa, um diálogo entre personagens que não soube ou não quis saber quem eram.
Eles se contemplavam doces, desarmados, cúmplices, abandonados, pungentes, severos, companheiros. Apiedados. Deixando de serem noturnos para transformar-se em qualquer outra coisa a que ainda não dei nome, e não sei se darei.
E eu juro que ouvi. Não tenha medo,vai passar. Não tenha medo, menina. Você vai encontrar um jeito certo, embora não exista o jeito certo. Mas você vai encontrar o seu jeito, e é ele que importa.
Logo eu que não admito que nada e nem ninguém seja capaz de perturbar o meu sossego falso, Idealizei alguém para me dizer coisas que eu não acreditava ou deixei de acreditar, já nem sei mais.
Você não existe. Eu não existo. E talvez exista, sim, pelo menos para suprir a sede do tempo que se foi, do tempo que não veio, do tempo que se imagina, se inventa ou se calcula.
Mas estou tão poderosa assim, que na minha sede inventei a você para matar a minha sede imensa. Você está tão forte na sua fragilidade que inventou a mim para matar a sua sede exata. Nós nos inventamos um ao outro porque éramos tudo o que precisávamos para continuar vivendo. E porque nos inventamos, eu te confiro poder sobre o meu destino e você me confere poder sobre o teu destino. Você me dá seu futuro, eu te ofereço meu passado. Então e assim, somos presente, passado e futuro. E assim te ofereço tempo infinito, e é esse o meu eterno.
2 comentários:
Virei fã do seu ócio, viu, menina?
OBRIGADA meu bem...seja muito bem-vindo!!!
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